Foto: Reginaldo Pimenta/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
Uma operação policial, deflagrada nas primeiras horas desta manhã, na zona norte do Rio de Janeiro deixou ao menos 25 mortos e cinco feridos nesta quinta-feira (6). Duas vítimas estavam em uma composição do metrô parada na estação de Triagem quando foram atingidas por balas perdidas, segundo a polícia. O policial civil André Farias foi baleado na cabeça e morreu, segundo a polícia.
Os passageiros foram socorridos e levados para os hospitais Salgado Filho e Souza Aguiar, na capital. Segundo informações, entre os mortos está um policial e um trabalhador – os demais teriam envolvimento com o crime.
Desde o fim da madrugada, um intenso confronto é registrado na cidade. A Polícia Civil confirmou que há uma operação da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente Vítima em uma comunidade próxima de onde metrô e trens operam.
Segundo a plataforma digital Fogo Cruzado, que registra dados de violência armada desde julho de 2016, é o maior número de mortes durante uma operação da polícia em uma comunidade desde o início dos levantamentos. Desde junho do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu operações em favelas durante a pandemia. A decisão permite ações apenas em “hipóteses absolutamente excepcionais”.
Para isso, os agentes precisam comunicar ao Ministério Público sobre o motivo da operação.
O Metrô Rio informou que as pessoas foram feridas na estação de Triagem após o vidro de uma das composições, que seguia para o Centro do Rio, aparentemente ser atingido por projétil vindo da área externa. O Samu foi acionado e as vítimas foram imediatamente atendidas por equipes da estação. O estado de saúde delas não foi divulgado até o momento.
A concessionária também divulgou que o serviço entre as estações Maria da Graça e Triagem (linha 2) chegou a ser interrompida, mas foi retomada por volta das 7h.
O confronto também afetou o funcionamento dos serviços de trem. Em nota, a SuperVia, concessionária que administra os trens da Região Metropolitana do Rio, informou que o transporte alterou a circulação das composições que passam pela estação Jacarezinho.